segunda-feira, 3 de maio de 2010

Destaques de Imbituba

Jadson: Foi o grande destaque do campeonato. Fez tudo certo, na hora certa. Competiu que nem gente grande e provou que para um brasileiro ganhar é preciso não apenas vencer a bateria, mas vencer sem deixar margens para dúvidas. É incrível como sempre supervalorizam as notas dos outros para dificultar a vida dos brasileiros. O moleque surfa muito e, o que é ainda mais importante, mostrou que tem estrela de campeão.

Webcast: É impressionante como o serviço de Internet de "banda larga" no Brasil é péssimo, apesar de ser o mais caro do mundo (segundo pesquisa realizada pela Symantec em 147 países). Muita gente simplesmente desistiu de tentar assistir o campeonato. Nos dois primeiros dias foi simplesmente impossível. Por sorte, nos dois últimos dias o webcast em inglês funcionou. Mike Parsons e Luke Egan comandaram o show com muito profissionalismo. Vale ressaltar a nova iniciativa da Billabong, que disponibilizou pra galera pela primeira vez na história as waves on demand, onde é possível ver cada onda surfada e os scores recebidos pelos surfistas. Ainda que eu tenha conseguido assistir as ondas só após o final do campeonato, gostei muito da idéia.

Mineiro: Tomara que a vitória do Jadson tenha servido de alerta para o Mineiro. É preciso voar. O Adriano é outro que praticamente não erra air reverse, mas quase nunca arrisca essa manobra nas baterias. O final do duelo contra o Dane Reynolds, quando já estava atrás no placar, foi o único momento em que ele resolveu voar. Pena que já era tarde demais.

Preconceito/Declarações Infelizes: Esse campeonato foi um festival de declarações infelizes/recalcadas, sobretudo no que diz respeito ao campeão do evento. Vamos aos fatos: Antes da semifinal, Dane Reynolds disse que competir contra o Jadson em esquerdas “pequenas e gordas” é o pesadelo de qualquer surfista no Tour. Já após a derrota ele disse que assistiu a última onda da areia e que para ele aquela onda não valia 9 pontos.
Qualé Mané? Logo tu? Que foi tão supervalorizado durante todo o campeonato...

Já o careca disse após a final aquilo que todo mundo já leu ou ouviu: Que quer ver o Jadson igualar o desempenho em pipe e teahupoo. Grande infelicidade. Até parece que algum top manda air reverses em Pipe ou Teahuppo. Ele perdeu uma ótima oportunidade de ficar calado. Com toda a velocidade que o Jadson imprime sobre a prancha, ele terá grandes chances de completar tubos profundos. Senão nesse ano, com certeza em um futuro próximo.

Já os Hobgoods postaram o seguinte comentário em seu Twitter: “Spinner kids world wide, pack your bags the time is know to take it international, your dreams await you?...”
Ou no português claro: “Rodopiadores de todo o mundo, façam as malas que a hora de vocês se darem bem internacionalmente chegou, o sonho de vocês os esperam?...

Na real, eles estão todos se cagando de medo de Jadson, Medina e Cia.

Julgamento: Cadê o critério? Os seria melhor dizer os critérios?
Se o Neco apavora a onda, mas manda manobras parecidas (como aconteceu contra o Damien Hobgood na Gold Coast) ele não recebe mais do que 6 por ser repetitivo.
Mas se é alguém surfando contra um brasileiro, como aconteceu com o Michel Bourez contra o Jadson, e repete praticamente a mesma manobra do começo ao fim da onda, é um high score. Elogiam o Power Surf, o preparo físico e arrumam qualquer desculpa para explicar o inexplicável.

Não dá para acreditar como os caras estão supervalorizando qualquer onda do Dane Reynolds e garfando quem quer que esteja surfando contra ele. A bateria contra o CJ foi simplesmente uma palhaçada. Não estou dizendo que o 360 BS method air foi supervalorizado, agora que garfaram pelo menos 1 ponto de cada onda do CJ naquela bateria, isso garfaram.

Melhor parar por aqui...

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